É que as vezes ainda sou a mesma...

 

   Seis anos se passaram. Os gloriosos e odiosos dias no Ensino Médio finalmente terminaram - e pensar que por um segundo com 15 anos eu realmente achei que aquele momento horrível duraria pra sempre- e agora já estou no 3º período da faculdade. É estranho pensar que o tempo passa tão rápido assim, e juro que as vezes, só as vezes, eu me sinto uma tiazona por ver que as crianças não conhecerem câmeras analógicas ou não escutarem Xuxa só para baixinhos 4. Todas as vezes que volto para casa a fim de rever meus parentes é a mesma melancolia interna e chatinha que desce pela minha garganta e me faz lembrar de que em cada parte da minha cidade natal havia um pedaço de mim, por mínimo que fosse, como por exemplo, meu primeiro beijo debaixo de uma arvore velha perto da escola. Sei que muitas coisas em mim mudaram e todos me dizem isso, e apesar do meu cabelo curto ainda ser o cometário mais falado sei que não é só isso que importa de fato. Usava 34 nos jeans, por exemplo, e agora já posso usar um 38 sem problemas. Já não choro mais pelo Pablo também, meu primeiro namorado que prometeu voltar e que depois disso nunca mais o vi. É engraçado perceber que aquelas dores de uma jovem garota não se comparam com os surtos de uma mulher de 23 anos.
   Ao chegar na minha casa antiga sempre rio por achar engraçado o fato de que as casas da vila que morei a minha adolescência toda eram todas grudadas e pintadas num tom lilás, tão monótonas quanto meus dias nas férias, mas, apesar disso, sempre gostava de passar um mês inteiro sem fazer nada. É, parece que isso não mudou em mim pois ainda adoro ficar vegetando em meus recessos universitários, algumas coisas não mudam mesmo. Olhar fotos, minha cama e as roupas que eu usava também já virou um ritual todas as vezes que eu volto para lá, e, apesar de nunca admitir isso pergunto para mim mesma como alguém me deixava sair daquele jeito. Nossa, como eu mudei. Cada foto, cada blusa, cada olhar, memórias constantes vinham a mim como um furacão e eu ficava sem entender que sentimento era aquele, entretanto, consegui entender que era só saudade mesmo. Saudade de ser uma garota que não ligava para pagar contar e seu maior drama era não ter roupa para sair com o paquera da época, saudade de escrever em meu diário sobre o quanto estava chateada por não conseguir ajudar minha amiga que estava com depressão. Esse meu diário me acompanhava por todos os cantos e ainda ousava em contar para algumas poucas pessoas que na verdade depois de alguns anos aquilo seria o roteiro de um filme inspirado na minha vida, pois ela merecia ser mostrada para todos. É claro que sempre fui motivo de piada para essas pessoas mas como era apenas uma adolescente tinha noção de que ninguém me compreendia pela idade ou algo assim.
      Sei que mudei, meu coração já não é mais o mesmo, muito menos minha visão de mundo, mas no fundo, bem no fundo, eu ainda via minha vida como um grande filme e sempre quando acontecia alguma história louca tentava buscar alguma música em minha mente para que aquela cena fosse digna de um grande filme, o meu filme.
   

É melhor apagar


       Duas chamadas perdidas. Era mais do que óbvio o meu real motivo para não ter atendido as ligações. Segurei o celular, e quando quase me deixava levar pelas lembranças boas que ainda guardava no meu coração o peso na alma batia e eu jogava no mesmo instante aquele aparelho em qualquer canto da sala. Depois de repetir esse ritual algumas milhões de vezes decidi assistir alguma coisa, comer qualquer besteira, tentar arrumar um plano para tentar tirar esta dor que me apertava o peito só de lembrar que estava negando o seu amor pela primeira, e esperava que também fosse a última vez. Apesar de não ter conseguido tirar tudo o que aconteceu na noite anterior e nos últimos cinco anos com você, admito que consegui soltar duas ou três risadas ao assistir um dos episódios de How I met your Mother. Também me empanturrei do pote de sorvete que já estava na minha geladeira há algumas semanas, e agradeci naquela hora, mentalmente, por ter deixado aquele pote quietinho lá mesmo não sabendo que precisaria dele para tentar congelar aquele amor que eu senti, e ainda sentia, por você. Por mais gelado que o sorvete de chocolate estivesse, nem se eu estivesse dentro de uma geleira o plano de te esquecer daria certo. Resolvi largar essa ideia e me concentrar em suas últimas palavras: Isto é o nosso adeus?
     Nossa história de amor já começou acabando, e sempre me doeu tanto saber disso, você me conheceu inseguro e com medo da vida, eu te conheci machucada de tantas pontadas daquilo que eu chamava de amor, mas no final eu descobri que todos os caras que eu conheci foram apenas paixões inusitadas, aprendi que eu nunca senti o que eu sentia por você. Dois corações extremamente fragilizados dispostos a amar não seria uma missão tão fácil, mas aconteceu, jogamos nosso barco no mar das incertezas e remamos até o final. Juntávamos nossas brigas e incertezas e deixávamos guardadas em um canto escondido do coração enquanto nossa música favorita rolava e nossos lábios se encontravam, mas quando percebemos as discussões preservadas no cantinho ficaram acumuladas e não conseguimos mais esconder o que estava acontecendo, nosso amor se misturou com as desconfianças, mágoas, dores e já não era mais um sentimento puro, mesmo que eu não tivesse deixado de amá-lo, era como uma blusa machada. Mesmo cientes disso continuamos tentando buscar a solução para o nosso relacionamento até rasgarmos nossa alma e cairmos sem chão, frase um tanto dramática mas consegue remeter o que eu senti na hora, a gente sempre é um pouco mais dramático quando o assunto é amor, a gente chora mais, ri mais, grita mais, vive mais. Não é que eu esteja afirmando que uma pessoa não consiga viver intensamente sozinha, longe de mim essa ideia, mas quando se fala de amor o papo fica mais ofegante.
     Mais intenso que alguém apaixonado só a nossa conversa e o seu olhar de tristeza indo embora enquanto eu estava fingindo não me importar. Ele sabia que eu não iria acreditar mas mesmo assim tentava me tratar com uma indiferença absurda, e eu, firme e decidida que aquela seria a última vez que estaria vendo-o à minha frente. Logo após sua partida na rodoviária da nossa cidade voltei para casa tentando segurar minha vontade de ligar e dizer que eu queria deixar todas as nossas diferenças e tentar mais uma vez, que por ele tentaria todas as chances que eu tinha e até as que eu não tinha, mas eu não fiz isso, eu era mais forte do que isso, e corrigindo, eu sou mais forte do que isso. Abri a porta, deitei no chão e fiquei olhando as estrelas da minha janela, só de pensar que eu fazia o mesmo enquanto falava com ele no telefone me deu uma aflição, mas tentei não pensar nisso.
     Éramos fogo, aventura, éramos amor, só éramos. Não importava mais o que eu quisesse fazer a partir do momento que não sabíamos mais o que estávamos fazendo, não fazia mais sentido tentar dar certo algo que já estava perdido. Não havia mais palavras que pudessem me magoar porque longe de você eu me fortaleci e nada era tão importante quanto a minha felicidade. Eu estava melhor sem você e finalmente consegui entender de uma vez por todas que você não era o único cara que me amaria nessa vida. Hoje somos fogo, somos amor, somos aventura, entretanto somos tudo isso com outras pessoas, várias, de cores, sabores e fantasias diferentes. Estou bem, claro, implorando a Deus que não te encontre novamente e essa confusão comece novamente, não, é melhor apagar.

Você não é mais o essencial

       

    Você percebe o quanto as coisas mudaram dentro de você quando os lugares que você costumava ir ou pessoas que entraram na sua rotina já não te afetam mais por não estarem ali o tempo todo presentes. E foi assim que eu percebi, naquele sábado, sozinha no meu quarto ouvindo uma playlist dos hits de 2004 no Spotify, que eu havia mudado de verdade. Não bastava as blusas que ficavam cada vez menores, as folhas do meu caderno que já chegavam ao fim ou todas essas situações que nos fazem perceber que o tempo passou, e passou rápido, mas também pude perceber isso ao me olhar no espelho e ver que todas as mágoas e emoções vividas por meus recatados 24 anos estavam bem ali,à mostra, desde as cicatrizes em meus joelhos de quando eu era completamente estabanada até meu vício em roer unhas que peguei logo após entrar no ensino médio. Estava tudo ali, e se olhasse por um pouco mais de tempo, poderia enxergar as cicatrizes de todos os amores que martelaram minha alma.
   Sempre tive a necessidade de gerar um apego muito forte nas minhas relações, seja elas com minhas amigas, namorados ou até com a minha família. Sempre achei que se perdesse qualquer um deles minha vida estaria arruinada, até que meu primeiro namorado me disse que havia encontrado alguém melhor do que eu, foi aí que eu tive certeza de que minha vida estava acabada. Isso aos 14 anos, a melhor época da adolescência, a qual sentimos os sentimentos mais intensos a tempo todo. Ele foi embora naquela tarde de setembro, e eu fiquei com a cara no chão esperando que ele voltasse, acreditava dentro de mim que algum dia ele voltaria, acreditei nisso por muito tempo, e enquanto isso creio eu que o mesmo garoto estaria salivando em outras bocas por aí. Era tão difícil ter que entender isso, perceber que o amor da minha vida não era mais o amor da minha vida, e sim de outra, e outra, e outra... Até que esbarrei com um par de olhos cor de mel cujo dono me apaixonei, por alguns segundos achei que estava maluca pois o amor da minha vida eu havia conhecido e estava com outra, entretanto, percebi que poderia surgir um segundo amor da minha vida. Aquele típico amor de verão, alguns meses de apego intenso, algumas experiências pelas quais nunca havia vivido, e ele me deixou para voltar à sua cidade natal. Dessa vez eu tinha certeza de que minha vida estava definitivamente acabada, afinal, foi muita sorte minha encontrar o SEGUNDO amor da minha vida, em nenhum filme aconteceu isso, eu era a felizarda escolhida para presentear esse fato, um verdadeiro milagre.
      Chorei por noites e noites, não conseguia entender como aos 16 anos eu perdi as únicas pessoas que poderiam me amar e a partir daquele momento eu ficaria sozinha com 27 gatos e dois cachorros. Alguns meses se passaram e aquela cicatriz fechou-se. Lembrava as vezes do que teria acontecido e chorava, mas não durava mais do que míseros dez minutos, eu realmente havia aprendido como superar um coração partido.
       Dois anos depois conheci o terceiro amor da minha vida, só que desta vez eu sabia que aquele seria o amor da minha vida enquanto estivesse comigo, isso não significava que não encontraria alguém depois e que esse alguém não me faria tão bem quanto o último, e pra ser sincera, talvez ele fosse me fazer melhor. A questão é que enquanto eu acreditava nessa história de que só um homem iria mexer com o meu coração pelo resto da minha vida, enquanto eu me apegava as pessoas meu mundo era extremamente pequeno e fechado. O mundo é tão grande e infelizmente eu me prendi a esse pensamento que os contos de fadas conduziram pelas gerações. Eu realmente não precisava ter aquele cabelo da Cinderela, aquele corpo da Bela Adormecida e sem dúvidas não precisava ser delicada como nenhuma delas para algum príncipe me amar, na verdade, eu não precisava de príncipe nenhum para ter o meu final feliz, ele é apenas mais uma das coisas boas que eu poderia somar em minha vida, e se ele não estivesse me fazendo bem não seria o cara certo e ponto, bora pra próxima, problema resolvido. Ufa, foi tão difícil perceber isso mas mais cedo ou mais tarde eu teria que cair na real.
     Eu me atraí cada vez mais por ele, e todas as aventuras que vivia me faziam um bem danado. Ele embalou um ritmo em minha vida completamente diferente. Aquele fogo que acendia a cada beijo me deixava com desejos tão intensos, até que rolou, eu me apaixonei de vez. Entregar-se para alguém assim de cara tem lá tem seus pontos positivos, entretanto, eu já sabia que se acontecesse algum desvio em nosso intenso amor e ele chegasse ao fim eu estaria sem chão novamente. Anos e anos passaram-se e aquela mesma faísca que acendia repentinamente apagou e caiu na rotina, porém o mesmo amor que estava apagando era o mesmo que me prendia, estava confortável demais para abandonar o relacionamento e ter, depois de praticamente cinco anos, começar tudo do zero. Era muito arriscado e ele já tinha feito tantas coisas boas que não queria abandoná-lo assim, desse jeito não. Empurrar o relacionamento com a barriga no começo é mais fácil do que parece, toda via a tendência é não durar muito tempo, e quando percebi estava ali, no mesmo quarto no qual passamos por nossas diversas emoções, alergias, e tristezas, e estava prestes a dar um fim naquilo tudo, não dava mais. Eu não era a única de saco cheio, ele me entendia também.
    E foi naquela noite de segunda-feira, no friozinho do inverno de Santa Catarina, que eu o vi partir para todo o sempre, e o melhor de tudo isso é que eu estava completamente confiante com a minha decisão. Lá estava eu, ciente de que aquele foi só um dos muitos caras que entraram em meu coração, e agora eu poderia permitir quem iria entrar ou não nele, mas pra ser sincera, eu não queria ter ninguém e provavelmente teria essa ideia em mente por um bom tempo, estava bem sozinha, estava bem comigo, ele não era mais o essencial, eu era.



Minha dieta atualizada e o porquê disso tudo

   

  Oláaaaaaaaaaa meus gatinhos, que saudade!!!! Tô sempre sumida mas não estou fazendo nada demais, sério. Sou o tipo de garota que passou a pré adolescência toda se culpando por não ter um corpo legal, cabelo de capa de revista e enfim, isso foi muito difícil tanto pra mim quanto para as pessoas que conviviam comigo e me amavam. É muito fácil postar uma tirinha no Facebook zombando esses problemas quando eles não atingiram em algum momento a sua vida, entretanto, também não concordo com as pessoas que gostam de idolatrar esse problema, que não é simples e precisa ser tratado. Peso pode ser perdido se quiser, aquela insegurança com alguma parte do corpo pode sumir, estar presa a alisamentos pode se transformar numa transição e aceitação ao cabelo natural. Todas essas coisas, porém, só vão acontecer se VOCÊ, V O C Ê, V-O-C-Ê quiser e permitir, não tem problema continuar com o peso seja ele maior ou menor do que as pessoas querem que você tenha (se isso não estiver afetando a sua saúde), claro que você pode continuar alisando o cabelo ou pitando se isso te deixa com a autoestima pra cima e não está te atrapalhando, e foi exatamente isso que eu fiz, foi por isso que eu parei minha transição, não estava me sentindo bonita passando por isso e decidi sair porque estava me sentindo mal (sério, não conseguia sair de casa as vezes e chorava muito). Hoje em dia entrei numa reeducação alimentar e me sinto ótima, continuo com o meu cabelo do jeito que eu me sinto confortável e uso as roupas que eu gosto, independente de serem curtas ou não, porque é assim que eu gosto de mim, e a única pessoa que precisa gostar sou eu!!!!! Essa introdução toda foi pra você perceber que as suas escolhas ao longo da vida fazem você ser quem é de fato.
      Agora vamos ao que interessa, né? Passei um ou dois meses pesquisando sobre os alimentos e nessa época até fiz um post sobre isso, mas hoje vou passar pra vocês direitinho. Como muitos sabem e viram, 2014 foi a PIOR fase da minha vida até agora. Engordei 7 quilos, me senti sozinha, meu cabelo estava horroroso, e todas as complicações chatas de adolescente apareceram de uma vez só, uma bomba. Percebi que o negócio tinha ficado feio em relação ao meu peso quando num lindo dia peguei minha calça que não usava há meses, e até então ela era a calça mais larga que eu tinha, mas quando coloquei a bendita não entrou de jeito nenhum. Depois disso percebi que precisava urgentemente me mexer e me matriculei na academia.
     Entrar na academia pela primeira vez é sempre muito legal no começo. Você compra roupas novas, se prepara, faz uma playlist legal, assiste até os vídeo do Leo Stronda pra se sentir motivada e imagina que vai ficar com o corpo de panicat logo logo. Isso até a primeira semana, claro. Ter disposição pra levantar da minha cama maravilhosa, tomar banho e ir malhar era um sacrifício vivido por mim todos os dias, ainda mais porque na minha vida toda eu nunca pratiquei esportes (só natação em 2009) e sempre fugi da educação física desde que sou conhecida como gente. Ia dois dias, faltava quatro e assim fui vivendo. Pra não dizer que não ia, nas terças e quintas tinha aula funcional (que é o que eu mais sinto falta) e eu sempre estava lá. Essa rotina de fugir da academia durou cerca de 10/11 meses e o máximo que eu consegui perder foram 2 quilos, o que foi muito pouco. Antes de engordar eu pesava 55, mas depois cheguei a pesar 62, que foi quando decidi entrar na academia, mas mesmo assim não adiantou muito.
    Fiquei muito triste porque nada estava acontecendo com meu corpo e eu não aceitava me ver daquele jeito nem por um minuto. Conversei com a minha mãe e decidi ir à academia e ver se tinha outra opção de esporte para não ficar parada e tentar ir todas as vezes que eu pudesse. Entrei na natação mas não posso dizer que isso me ajudou pois fiquei apenas uma semana fazendo, isso porquê ainda estava em transição e tinha que voltar pra casa de cabelo molhado por causa da piscina né, e não, a touca impermeável não é totalmente impermeável.
      Frustrada mais uma vez na secretária da academia tentei mais uma vez me inscrever em alguma daquelas opções, e dessa vez escolhi o Muay Thai. Na época eu nem sabia que essa luta estava na moda por causa de Malhação, juro, nunca assisti um episódio dessa novela na minha vida. Acho que nunca me apaixonei por um esporte como esse, gente. Sou um pouco estressada e é quase que uma aula de aliviamento da alma. Aprendi muita coisa no Muay Thai, tanto em relação a luta de fato quanto a relação entre família e pessoas. A partir daí muita coisa mudou, comecei a perder peso bem mais rápido e percebi que se eu juntasse uma alimentação saudável com a luta eu poderia finalmente emagrecer.
     Depois dessa história que eu espero que sirva de motivação pra vocês, aqui vai minha dieta que eu fiz pesquisando por um tempo. Serviu pra mim e agora meu amigo começou a fazer e também deu super resultados. Consegui emagrecer os 6 quilos em 2 meses que precisava e mais 2 quilos que eu queria perder desde os 14 anos. Admito que ainda quero emagrecer mais, chegar aos 50 é meu objetivo do ano, quero tonificar os músculos e claro, manter essa vida que eu adquiri pra mim e amo. Qualquer dúvida é só me perguntar e se pude passar no nutricionista, melhor ainda. Bejiocasssssssss


Café da manhã:
1 opção: Iogurte desnatado adoçado com essência de baunilha, adoçante e 1 colher de granola ou aveia + uma banana
2 opção: Crepioca (coloco 1 ovo e 1 colher de sopa de tapioca e 1 colher de cottage)
3 opção: Panqueca doce (1 ovo, 1 colher de chocolate em pó SEM AÇUCAR, 1 colher de flocos de aveia e adoçante)

Lanche da manhã: Fruta + um punhado de oleaginosas

Almoço: Batata doce, frango grelhado ou peixe e saladinha (pode trocar a batata doce por arroz integral mas nunca os dois juntos)

Lanche da tarde: Banana grelhada com canela (amo gente) ou pipoca

Janta: Pão árabe integral com queijo frescal e frango ou tapioca com ovo mexido

Ceia: Fruta ou gelatina


Variar é sempre uma boa opção, mas sempre faça escolhas inteligentes. Sigo vários perfils no intagram que passam receitas muito gostosas ( @vidasempreativa, @maispertodoqueontem, ...).





Playlist das minhas férias


Oiiiiiiiii meus amores, que saudade! Primeiramente queria desejar um ótimo ano novo, e agora estamos aqui, no mês de janeiro, prontos para curtir muito o tempinho que resta das férias. E nada melhor do que aproveitar essa parte tão gostosa da vida ouvindo música boa, né? Pra ser sincera meu gosto musical mudou MUITO desde a minha última playlist (como sempre), mas eu conto mais sobre isso num outro post, pode ser? Por enquanto deixei minhas músicas do momento para vocês, o nome delas está no post. Espero que gostem!!! Beijocassssssssss.

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Sobre o meu piercing



 Oi gatenhosssssssss, voltei para atualizar o blog um pouco. Estou começando a achar que levo isso aqui como um diário. Enfim, to cheia de novidades de novo. Falta uma prova só para o fim do quarto bimestre (ai meu DEUSSSSSSSSSS), que alívio. Estou passando por uma pequena crise de "o que está acontecendo eu estou ficando velha" e também estou sentindo muito a falta de fazer looks aqui para o blog ou de pelo menos mexer na minha câmera mas a escola não permite muito que eu tenha uma vida normal. Agora estou usando um shampoo para estimular o crescimento com o café, já ouviram falar? Não senti MUITA diferença mas a moça que faz minha sobrancelha veio aqui essa semana e disse que meu cabelo está gigante então vou acreditar nela. Eu não lembro se eu falei sobre isso ou não mas eu desistir da transição capilar por enquanto, só que isso vou deixar para contar depois. E finalmente vamos para o assunto do post que é ........ COLOQUEI UM PIERCING! YEAHHHHH! Depois de encher o saco da minha mãe ela deixou, e graças a isso o pai da minha amiga também deixou-a fazer um. E com essas informações que consegui nos meus 2 meses com o piercing eu vou tirar todas as suas dúvidas.

COMO CONVENCER OS PAIS? Meus pais são as pessoas mais chatas com essas coisas, então se os seus pais são assim prestem bastante atenção nesse tópico. Fiquei mostrando fotos de pessoas com esse piercing por alguns meses e esperei uma bela nota de química para pedir. Ela negou por alguns dias mas depois liberou com a seguinte frase "se doer o problema é teu" dkfmdksf. Mas enfim, você tem que conhecer bem o território e saber como domar o touro. Te amo mãe.

E AFINAL, DOEU OU NÃO? Gente, quem vive comigo não acreditou nisso, até porque sou mega fresca, mas sinto-lhe informar que não, não doeu. A única coisa que eu senti foi uma agonia na hora e uma lágrima caindo, o que é normal segundo a moça que furou. Eu acho que não doeu pra mim porque todo mundo falou que ia doer horrores e quando eu vi que era só um furinho percebi que já senti dores piores. Mas muita gente fala que dói muito, nos vídeos que eu assisti todo mundo falava isso, então uma dica é imaginar uma dor imensa ( tipo uma serra elétrica do seu nariz, foi o que eu imaginei) e ir com a cara e a coragem.

COLOQUEI O PIERCING.... E AGORA? Bom, agora é um momento de calma. Quando eu acabei de furar a moça me deu um papel com os produtos que eu deveria usar e comidas que eu não deveria comer (CHOCOLATE, CARNE E COISAS GOSTOSAS TIPO PIZZA), e eu sei que eu não deveria ter feito isso e eu não recomendo porque você pode não ter a sorte que eu tive, mas no mesmo dia eu comi pizza e nos outros dias eu caguei pra isso também. Na verdade essa limitação na alimentação é mais para uma cicatrização mais rápida. Agora, os produtos eu estou usando direitinho e acredito que para cada tipo de piercing tem um jeito certo de usar. Eu coloquei o meu no septo então o que eu faço é limpar com cotonete e sabonete Lifeboy, depois sabonete antibacteriano e por ultimo soro. Faço isso duas vezes por dia e até agora nada de ruim aconteceu.

COMO FAÇO PARA ESCONDER? Isso tem uma história bem... engraçada. A moça falou que como ela colocou um piercing um pouco maior pra não ter risco de se caso inflamar eu não conseguir tirar, entretanto, ela me falou que não ia dar pra colocar esse para dentro. Só que vocês sabem que eu sou super insistente e curiosa, então pesquisei na internet "como esconder piercing grande septo" e achei alguns vídeos. Cheguei da escola decidida e com apenas um objetivo: colocar o piercing pra dentro. Antes que perguntem eu vou deixar bem claro que eu estava querendo esconder da minha avó que não gosta nem um pouco dessas coisas. Depois de uma hora, enfim, consegui colocar para dentro. A felicidade tomou conta de mim, até que minha mãe falou "tá, agora tira" e eu paralisei. Tentei tentei e tentei, mas nada de sair. Todos os tutoriais mostravam super rápido e eu não conseguia entender. A primeira coisa que eu pensei foi "já era, vou ter que fazer uma cirurgia e ficar sem nariz". Mas depois de algumas horas e um tutorial enviado dos céus eu consegui. Para você que está passando por isso, é só puxar pelas bolinhas e tchanam. Pode doer um pouco mas é normal.

OBSERVAÇÕES FINAIS: Estou apaixonada pelo meu piercing. Tem muitos modelos diferentes mas eu sou cagona e vou ficar com esse por muito tempo. Cuidar virou rotina, assim como tomar banho ou escovar os dentes, antes eu demorava 15 minutos para limpar o piercing e hoje já faço em menos de 5, sentiu a diferença?  Tudo é técnica e prática. Eu recomendo muito e quem quiser fazer mesmo e seguir essas dicas não tem erro, vai arrasar! Bom gente, é só isso! Beijocasssssss.


Quando tudo acontece de novo





     Nada mais monótono que uma lista de compras. Ovos, cenoura, papel higiênico, algumas besteiras para saciar meu coração sem rumo e um suco de laranja para fingir que ainda sou meramente saudável. Mas até então tinha a opção entre os dois mercados do final da minha rua para transformar essa rotina semanal um pouco menos repetitiva. 
      Cheguei naquele sábado de manhã com uma roupa casualmente confortável - mais conhecida como pijama- e meus óculos para fingir que minha cara não estava numa situação tão crítica quanto realmente estava. Decidi entrar no mercado cujas paredes são grafitadas por um grupo que ali ficava todas as noites inventado arte e falando sobre algumas ideias filosóficas, e tenho que admitir que por mais que o dono do mercado não ficasse satisfeito com esses desenhos nas paredes, ao meu ver aquela rua ficou bem mais colorida e animada com a presença daquelas figuras coloridas e um tanto abstratas. Ao entrar procurei a primeira cesta e fui pegar meus enfadonhos produtos para uma enfadonha semana. Após escolher "detalhadamente" um a um, paguei as coisas e sai com pressa daquele mercado, louca para chegar em casa, preparar um brigadeiro bem quentinho, e assistir a maratona de Game of Thrones por algumas longas horas. Meus planos, entretanto, foram frustados quando esbarrei naquele grupo no qual havia citado anteriormente e eles me chamaram para zonear com eles. Sim, usei o termo zonear, mas isso foi como eu defini o que eles faziam, e não como eles me convidaram de fato. Havia uma garota de cabelo rosa pastel, duas garotas extremamente idênticas, um cara com dois piercings no nariz, e ele, John, um cara que ao ver parecia super quieto, e por algum motivo inexplicável, esse fato me fez despertar uma vontade enorme de conseguir despertar seu outro lado comigo.
  Desci alguns degraus e fui de encontro ao grupo. Eles me chamaram para passar uma "noite inesquecível" porque o cara ali do lado (apontaram para John) me achou bem bonitinha. Apesar do elogio um pouco descabido, resolvi abandonar minha programação e, por mais perigoso que fosse,  me arriscar um pouco, Quem sabe aquilo trouxesse um pouco de felicidade para meu pequeno e frigido coração. Deixei minhas coisas no porta malas e segui viagem com a trupe do barulho. 
         As vezes era meio inevitável não se sentir bem naquele meio, afinal, eu não conhecia ninguém ao ponto de estar soltando frases engraçadas e aleatórias, mas bebi um pouco de alguma coisa que estava no copo da Patrícia, a garota do cabelo rosa pastel, e consegui ser um pouco menos insegura ao falar alguma coisa, mas tinha que admitir que não estava aguentando olhar para os lábios de John e me segurar, o que era estranho porque há anos não sentia isso, e o mais estranho é que aconteceu do nada e por nada.
Alguns minutos depois ouvi alguém falar que já havíamos chegado e a partir desse momento todos começaram a descer do carro. John estendeu a mão para me ajudar, e eu aceitei, morrendo de vergonha mas aceitei. A partir desse momento o rumo da história mudou, conversamos por um bom tempo e rimos muito, era estranho perceber que ele parecia tanto comigo. Curtimos as músicas que estavam no Ipod de algum deles e ficamos observando as luzes da cidade. Me senti infinita por estar ali.
        Depois daquele emocionante dia minha vida mudou tanto que não consigo acreditar até hoje. John me mandou algumas mensagens no dia seguinte, e no dia seguinte, e no dia seguinte do dia seguinte, e o inevitável aconteceu, ele virou o meu raio de sol. Acordar pensando em alguém é como observar a chuva enquanto come pipoca e sente muito frio, você sabe que aquilo é bom mas não é sempre que você pode fazer aquilo devido a alguns fatores que te interrompem (tempo, falta de pipoca ou falta de chuva e frio), mas quando acontece você sabe que vai ser tão bom que esquece todos os seus afazeres e vai curtir aquele momento que talvez demore para acontecer novamente. E assim foi o meu amor por você, John.
   Numa sexta de dezembro fomos passear mais uma vez pela cidade com o som alto e o coração entrelaçado por laços que John deixou em meu coração, que agora estava mais confuso do que qualquer coisa. Chegamos ao alto de alguma das montanhas que cercavam aquela linda cidade, e foi ali que eu percebi que tudo que vivi valeu apena. Não eram as pessoas, não era a música, não eram os jogos engraçados da madrugada enquanto todos estavam super bêbados, era você, e apenas isso transformou todas as noites perdidas com lágrimas jogadas no chão em cinzas, o que era engraçado e ao mesmo tempo muito bom, porque sentir tudo aquilo de novo como se fosse a primeira vez era tão bom. Senti que podia viver aquele momento com John para sempre. 
   Não houvera sol que aquecesse tanto como o daquele dia cujo seus braços envolveram minha cintura, não houvera lua que iluminasse tanto quanto naquela noite que John me colocou contra a parede e beijou meus lábios de tal forma que até hoje não consigo descrever em palavras. Parecia que nada era tão intenso, que nada era tão majestoso, que nada era como ele. Que nada era como nós dois.


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